Em entrevista coletiva após a declaração de Koff, a direção do Cade informou que, em algum momento, faria essa recomendação, mas que isso ocorreu agora após o órgão ser procurado pelo Clube dos 13 na semana passada para discutir o assunto. O Cade havia sido o responsável por regulamentar, junto ao Clube dos 13, a concorrência marcada para este mês.
O procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, anunciou ainda que, por enquanto, o órgão não vai se envolver na crise entre os clubes e o Clube dos 13. "O Cade não vai tutelar o futebol", disse. Araújo afirmou que cabe ao Cade apenas acompanhar o cumprimento do acordo feito em relação à licitação do próximo dia 11. A TV Globo, aliás, manifestou que não pretende participar dessa concorrência.
Segundo ele, o Cade só poderá se manifestar se, futuramente, houver uma representação contestando uma suposta negociação direta entre clubes e uma determinada emissora de televisão que poderia ferir o direito à concorrência livre. O presidente do Cade, Fernando Furlan, informou ainda que não há cláusula que impeça um clube de procurar uma emissora sem a intermediação do Clube dos 13. Ele disse que o órgão do governo poderá abrir uma investigação quando receber oficialmente uma notícia sobre o episódio. "Vamos esperar que haja uma representação", disse.
Já Fábio Koff negou que a retirada da cláusula favorável à TV Globo seja uma retaliação a um possível apoio da emissora à debandada dos clubes do Clube dos 13. "O Clube dos 13 agiu até agora por delegação. Assim, agora não tenho conhecimento de clube nenhum que tenha negociado separado.", disse. Ele minimizou a postura do Cade de não se envolver na atual crise entre os clubes e a entidade. "Saio com a sensação de que estou cumprindo tudo o que foi determinado. O problema do Cade interferir ou não é de menor importância", disse.
Texto retirado do portal parana-online.
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