As contas de 2010 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aprovadas por aclamação nesta quarta-feira (6) pelas 27 federações filiadas à entidade, apresentam números expressivos e aprofundam o abismo entre a confederação e os principais clubes do país, cujas dívidas se acumulam a cada ano. Em 2010, a CBF arrecadou R$ 263,3 milhões - R$ 193,5 milhões desse total provenientes dos contratos com dez patrocinadores.
Durante assembleia realizada num hotel da zona sul do Rio de Janeiro, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, detalhou o balanço da entidade para uma plateia eufórica - presidentes e demais dirigentes das federações, que quase sempre recorrem à CBF para obter recursos. O lucro líquido da confederação bateu recorde em 2010: somou R$ 83 milhões, contra R$ 72,3 milhões referentes à 2009. "Poderia ter sido mais favorável ainda se o Brasil tivesse chegado à final do Mundial na África do Sul", disse Teixeira.
A segunda maior fonte da CBF nos últimos anos foi a cota da entidade por jogo disputado pela seleção principal. Em 2010, esse montante chegou a R$ 37,4 milhões. Parte desse dinheiro veio dos jogos no Mundial. Cada amistoso da seleção rende à CBF cerca de 1,5 milhão de dólares (R$ 2,42 milhões) e esse valor pode ser renegociado a partir do ano que vem, levando-se em consideração à proximidade da Copa do Mundo de 2014.Como o valor pago pelos patrocinadores representa mais de 70% do arrecadado, pode-se prever que o balanço do próximo ano também atinja um saldo inédito. Para 2011, a empresa Seara, do setor de alimentação, que é a décima patrocinadora - assinou contrato em 2010 -, deve dar um aporte de 15 milhões de euros (cerca de R$ 34,4 milhões) para os cofres da CBF. "O recorde também se deu no pagamento de impostos, é importante registrar isso", declarou Teixeira, referindo-se a R$ 44,2 milhões retidos pelo Imposto de Renda.
O futebol profissional, com viagens, hospedagens e alimentação e premiação de atletas para competições ou amistosos, também representou um corte considerável nos valores arrecadados pela CBF em 2010 - R$ 43,7 milhões.
Dos demais patrocinadores da CBF, o que mais injeta dinheiro na entidade é a Nike, com cerca de 45 milhões de dólares por ano (aproximadamente R$ 72 milhões). A empresa de material esportivo é a parceira mais antiga da confederação - o primeiro contrato entre as duas partes foi assinado em 1996 e a última renovação estabeleceu acordo até 2018.
fonte Gazeta do Povo
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